Cooperativas do Pará adotam sistema da Itaipu para medir impacto da reciclagem e ampliar renda dos catadores
Ferramenta Reciclômetro já é usada em eventos e projeta aumentar volume de resíduos recicláveis e postos de trabalho até 2026 no estado do Pará
247 - Quatro cooperativas de catadores de materiais recicláveis da capital paraense passaram a utilizar uma ferramenta inovadora para a gestão de resíduos sólidos: o sistema Reciclômetro, desenvolvido pela Itaipu Binacional em parceria com o Itaipu Parquetec. A iniciativa integra o Programa Coleta Mais e já havia sido implementada com sucesso no Paraná e no Mato Grosso do Sul. A informação é da assessoria de imprensa da Itaipu Binacional.
O Reciclômetro permite o monitoramento preciso da triagem de resíduos, indicando ganhos sociais, ambientais e econômicos da atividade de reciclagem. “O Reciclômetro é um excelente sistema de gestão porque permite medir a eficiência da reciclagem, e o quanto ela reverte em recursos para os catadores”, afirma Rosana Paitch, gestora do Programa Coleta Mais. “Dá transparência aos resultados, mostrando o impacto social e ambiental daquela atividade.”
No Pará, a meta é ambiciosa: aumentar a capacidade de triagem mensal das cooperativas de 255 para 500 toneladas até 2026. O plano inclui ainda a ampliação do número de catadores, de 88 para 124, e a elevação da renda média, atualmente inferior ao salário mínimo, para até R$ 2.200. “Nossa meta é que em 2026 consigamos ampliar de 255 para 500 toneladas de resíduos recicláveis triados por mês, aumentar os postos de trabalho, de 88 para 124 catadores, e aumentar a renda média, hoje inferior a um salário-mínimo, para até R$ 2.200”, projeta Paulo Henrique Squinzani, coordenador do eixo de resíduos do Itaipu Parquetec.
Além de contribuir com a organização das cooperativas e a valorização do trabalho dos catadores, o Reciclômetro também tem se mostrado eficaz como ferramenta de educação ambiental. Em Belém, o sistema começou a ser aplicado em eventos, nos quais resíduos como papéis e copos plásticos são separados e pesados, gerando dados em tempo real sobre o volume reciclado.
“Usamos o mesmo método utilizado na UVR, e acaba funcionando também como ferramenta de educação ambiental, porque o público vê o impacto da reciclagem”, explica Débora Gonçalves, presidente da cooperativa Concaves. Segundo ela, ao final dos eventos, os organizadores recebem um certificado de sustentabilidade. “Entendemos a oportunidade única de ter a Itaipu e o Itaipu Parquetec como parceiros e queremos nos tornar referência na Amazônia para esses parceiros tão importantes”, conclui Débora.
A expansão do Reciclômetro na Região Norte representa mais um passo para fortalecer a reciclagem como atividade estruturante para a economia circular e para o desenvolvimento social e ambiental dos territórios.
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