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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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Fora Eduardo Bolsonaro! Cassação já!

Abaixo-assinado pede cassação de Eduardo Bolsonaro por traição à pátria e acusa deputado de atuar contra o Brasil em favor dos EUA

Fora Eduardo Bolsonaro! Cassação já! (Foto: Agência Brasil)

Nós, brasileiros, cidadãos comuns que amamos este país e aqui pagamos os nossos impostos – destinados, entre outras finalidades, a cobrir o salário dos congressistas –, vimos por meio deste abaixo-assinado exigir a urgente cassação do ainda integrante da Câmara, Eduardo Bolsonaro, por traição à pátria.

Entendemos que o réu confesso (gravou vários vídeos relatando o feito), que colocou os Estados Unidos – onde vive atualmente, embora eleito pelo povo de São Paulo – contra o nosso país, não pode prosseguir em seu cargo. Porque representa interesses estrangeiros, porque desrespeitou a Constituição que jurou defender, porque atua contra o Brasil em favor de um “tarifaço” de 50% sobre nossos produtos, cujo objetivo é sufocar a economia nacional por interesses particulares.

Eduardo Bolsonaro não hesitou em passar informações privilegiadas aos EUA, a fim de salvar o pai da prisão, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que durante quatro intermináveis anos infelicitou o Brasil, deixou morrer cerca de 700 mil pessoas em nome do negacionismo e governou alardeando, sempre, a ameaça de instaurar um regime de exceção. Por fim, recusou-se a entregar o cargo e tentou um golpe de Estado.

Embora já existam quatro pedidos nesse mesmo sentido (feitos pelo PT e pelo PSOL) – o da cassação –, tramitando no Conselho de Ética e agora encaminhados pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, na sexta-feira, 15/08, a leniência com que Motta tem agido nesse caso nos leva a pressionar pela agilidade da medida. Como povo, como cidadãos.

"O deputado Eduardo Bolsonaro, a quem eu respeito, poderia estar cumprindo o papel de defender a inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro. Acho que é um direito de defesa amplo e deve ser respeitado, isso é válido na democracia. Mas quando parte para um trabalho contra o país, que prejudica empresas, nossa economia, eu não acho razoável", disse o presidente da Câmara, Hugo Motta, depois de enxovalhado por um motim que lhe tomou a cadeira, devolvida graças à negociação do ex-presidente da Casa, Arthur Lira.

O que não é razoável, Sr. Hugo Motta, é a tibieza com que o senhor tratou o golpe da ultradireita debaixo do seu nariz. O que não é razoável é o senhor empregar um termo “suavizante” para uma situação tão grave quanto sustentar um deputado que feriu de morte o decoro parlamentar, um opressor do seu próprio país, um TRAIDOR!

Eduardo Bolsonaro age contra os interesses brasileiros, contra o povo que o elegeu, contra os empresários que aplaudiram a eleição de seu pai. Esse mesmo, que ele agora tenta salvar por meio de uma chantagem de dimensões continentais.

Não, como já disse inúmeras vezes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não nos curvaremos. Por isso, exigimos urgentemente que sejam suspensos os direitos de Eduardo Bolsonaro como cidadão deste país e o seu mandato como deputado federal, do qual não é digno. Não há democracia plena enquanto esse senhor não for desligado da função de representante de um povo que traiu, caluniou, chantageou e oprimiu.

Fora Eduardo Bolsonaro! Fora da Câmara; fora das nossas vidas; fora do nosso país!

1 – Denise Assis - Jornalista

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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