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Rachel Vargas

Jornalista há 20 anos, atuou nas principais redações do país, como Correio Braziliense, Jornal de Brasília, TV Band, TV Justiça, Record TV e CNN. Há dois anos, começou a atuar em consultorias políticas e se especializou como consultora de relações institucionais e governamentais, função que também exerce na Ágora Advocacy.

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As derrotas do governo estão longe de acabar

Avaliação, nos bastidores, é de que os projetos de interesse do Palácio do Planalto não terão vida fácil no Congresso Nacional

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à deliberação de vetos. Mesa: deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR); presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (União-AP); secretário-geral da Mesa do Senado Federal, Danilo Augusto Barboza de Aguiar; e senador Eduardo Girão (Novo-CE) (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)

Nesta semana, o governo sofreu uma série de reveses em votações no Congresso Nacional. Primeiro, os deputados aprovaram a urgência do projeto que suspende efeitos do decreto do IOF, mesmo após a equipe econômica ajustar os termos da norma e entender que o gesto arrefeceria os ânimos dos parlamentares. Depois, o Congresso Nacional derrubou 12 vetos presidenciais, uma demonstração da fragilidade da articulação política e do distanciamento da base governista da agenda do Executivo.

Outro nocaute foi a leitura do requerimento protocolado pela oposição para instalar a CPMI do INSS. O colegiado, no entanto, só deve ser criado no segundo semestre. Embora, o governo tente adotar a narrativa de que as fraudes tiveram início no governo Bolsonaro, a maior parte da população - 30%, segundo pesquisa Quaest, associa ao governo Lula a responsabilidade pelo golpe. Somente 8% entendem ser culpa do ex-presidente. O escândalo é o grande vilão do momento e é apontado como o fator que impediu uma melhora na avaliação do governo. 

As derrotas, no entanto, não devem parar por aí. A avaliação, nos bastidores, é de que os projetos de interesse do Palácio do Planalto não terão vida fácil no Congresso Nacional, especialmente no que diz respeito ao aumento da carga tributária. Há quem diga, inclusive, que a Medida Provisória editada na semana passada não deve prosperar. O movimento é para que ela seja rejeitada antes do período em que pode vigorar - 120 dias, o que na prática gera efeitos imediatos para o governo.  A pressão do Parlamento e a promessa do Ministério da Fazenda é de enviar um novo pacote fiscal para evitar mais essa derrota. Mas caso isso não aconteça, não se descarta mais um golpe duro nos planos do governo. Afinal, com a popularidade baixa do presidente Lula e a baixa execução das emendas, o clima se torna mais hostil e desfavorável para uma mudança de rota.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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