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      Dom Orvandil

      Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

      316 artigos

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      A omissão do Ocidente escancara o terror da hipocrisia religiosa, covarde diante do sionismo genocida!

      Não é possível “feliz” natal enquanto o imperialismo e seus demônios fascistas e sionistas continuam a amontoar escombros humanos sobre o planeta

      Israel ataca Gaza no Natal (Foto: VIOLETA SANTOS MOURA/REUTERS )

      Prezada Profª Joyce Rodrigues Cabral, Goiânia, Goiás

      Ao mesmo tempo em que empenho minha solidariedade em favor de sua recuperação cirúrgica sou-he agradecido por aquele maravilhoso quilo de erva mate orgânica com que me presenteou.

      Acolhi seu presente com sensibilidade eucarística. Ao fazer meu chimarrão diário, cuidando-me para não me queimar com a água quente, necessária para este tipo de bebida, enfrentando as limitações impostas pela baixíssima visão, que me leva cotidianamente à cegueira, restringindo cada vez mais meu alcance visual, organizo o mate cuidadosamente em comunhão espiritual com a amiga e com todas as pessoas envolvidas no processo da produção deste elemento fundamental para meu prazer e irrigação corporal.

      Outrossim, quis lhe escrever partindo do nosso rápido diálogo por mensagens.

      Com sua delicadeza e força de sempre me disse: “dom Orvandil querido, um abraço em você de confraternação do natal.”

      Ao que lhe respondi:

      – não é possível “feliz” natal enquanto o imperialismo e seus demônios fascistas e sionistas continuam a amontoar escombros humanos sobre o planeta, também atacado e roubado.

      Concordando comigo a amiga reiterou que “não há outra verdade além dessa: triste e revoltante.”

      Lamentavelmente há instituições poderosas e grupos expressivos que se posicionam favoráveis ao terrorismo sionista de Israel e de seus lacaios imperialiastas.

      Nos Estados Unidos há igrejas gigantescas que se classificam taxativamente como sionistas, tanto que empunham a bandeira de Israel ao lado de seu estandartes sobre os palcos de onde enganam a sociedade com pregações e transmissões em apoio ao sionismo e ao imperialismo. No Brasil também há muitas dessas igrejas aliadas do terrorismo de Benjamin Netanyahu, notório internacionalmente como criminoso de guerra.

      A corrupção dessas entidades é pública. Com somas vultosas de dólares que recebem pelos supostos turismos pelo que chamam de terra santa e pelas divulgações que fazem do sionismo nos países de suas sedes é vergonhosamente político e farsante.

      Além da propaganda aberta, fundada num biblicismo tosco e vazio de estudos e de ética, grupos ditos cristãos se infiltram nas grandes igrejas reformadas e católicas com o fim de coezionar suas cúpulas a apoiar o massacre sionista ou, no mínimo, a se omitirem diante do genocídio dos palestinos.

      Esses grupos estendem braços fortes e endinheirados em direção, inclusive, de igrejas tradicionais constrangendo-as a recuarem em relação aos movimentos sociais, ao ecumenismo e a apoiarem a propaganda ao sionismo. Eu mesmo recebi inúmeras ligações de Tel Aviv para fazer hebraico na Universidade de Jerusalém. Desconfiando das armações, sempre rejeitei as investidas.

      Portanto, a omissão das igrejas no Ocidente em face do genocídio e catástrofe humanitária causados por Israel sionista não é casualidade. É armação política.

      Por isso tem razão plena o Pastor Munther Isaac, da Igreja Evangélica Luterana de Natal, em Belém, ao denunciar “o silêncio global e a inacção em relação à crise de Gaza.” “Ele criticou fortemente o mundo ocidental pela sua hipocrisia e racismo e denunciou particularmente a cumplicidade da Igreja na crise, afirmando: “Estamos indignados com a cumplicidade da Igreja”

      Engajado na solidariedade prática, longe da hipocrisia ocidental e da omissão, o cardeal esmoleiro, enviado do Papa Francisco à Terra Santa, Cardeal Konrad Krajewski le, testemunhou à mídia

      Vatican News: “falei com alguns jovens que haviam fugido, uma jovem havia perdido doze membros da família. “Rezamos com tristeza, mas não sem esperança”.

      Voltando ao pastor Munther Isaac, participante ativo e não omisso da resistência do povo Palestino, lemos em suas palavras que a esperança é mãe da resistência e força para a vitória: “nós, os palestinos, vamos nos recuperar… sinto muito por aqueles que são cúmplices [do genocídio]. Será que algum dia vocês vão se recuperar disso?”

      Portanto, dois comprtantos se fazem com sangue e genocídio: um é o da hipocrisia e o da omissão, cúmplice da matança e da loucura dos que temem a mudança feita pelos oprimidos; o outro é o da solidariedade ativa e combatente, rica em aprendizado e em força.

      Peço que leia abaixo os textos referências e acessem os links das fontes mais completas.

      Abraços proféticos e revolucionários,

      Dom Orvandil.

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      “Se você não chamar isso de genocídio que está sobre você, é um pecado e uma escuridão que você abraça de boa vontade.”

      No seu discurso na Igreja Evangélica Luterana de Natal, em Belém, no dia 23 de Dezembro, o Rev. Munther Isaac expressou profunda indignação com o silêncio global e a inacção em relação à crise de Gaza.” “Ele criticou fortemente o mundo ocidental pela sua hipocrisia e racismo e denunciou particularmente a cumplicidade da Igreja na crise, afirmando: “Estamos indignados com a cumplicidade da Igreja”

      Isaac destacou a trágica perda de vidas, incluindo mais de 9.000 crianças, e o deslocamento de 1,9 milhão de palestinos. Ele criticou fortemente o mundo ocidental pela sua hipocrisia e racismo e denunciou particularmente a cumplicidade da Igreja na crise, afirmando: “Estamos indignados com a cumplicidade da Igreja”.

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      Vatican News

      Krajewski: “eles me contaram o inferno de Gaza”, por Alessandro De Carolis

      O cardeal esmoleiro, enviado do Papa à Terra Santa, fala à mídia do Vaticano sobre o dia passado entre as pessoas e as realidades eclesiais de Belém, tendo como pano de fundo o conflito na Faixa de Gaza: “falei com alguns jovens que haviam fugido, uma jovem havia perdido doze membros da família. “Rezamos com tristeza, mas não sem esperança”.

      É preciso um grande coração para abrir espaço à dor e revesti-la de esperança quando tudo – uma casa, um afeto, uma vida – de repente perdeu a certeza e o calor e uma precariedade cheia de medo se tornou a nova normalidade. Depois de inúmeras visitas em zona de guerra no teatro ucraniano, chegou a hora do cardeal Konrad Krajewski le…

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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