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Raimundo Bonfim

Coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP)

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7 de Setembro: de luta por soberania, democracia e direitos

Neste 7 de Setembro, realizaremos um dia nacional de mobilização para dizer que quem manda no Brasil é o povo brasileiro

Presidente Lula durante desfile do 7 de Setembro, Brasília-DF (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Para o povo e os movimentos populares, a defesa da soberania, da democracia e dos direitos é uma necessidade imperativa na atual conjuntura política. Estes não são conceitos abstratos, mas ferramentas concretas na batalha diária contra os ataques dos EUA à nossa soberania e a possibilidade do Congresso Nacional não aprovar a taxação dos super-ricos e isenção do IR para quem ganha até 5 mil por mês.

Soberania, democracia, direitos e reforma da renda são indispensáveis para construir um projeto democrático e popular para o povo, e não para as elites, e para alcançar um desenvolvimento econômico com justiça tributária e social, de radical combate às desigualdades. A soberania popular e nacional significa manter o controle do Brasil nas mãos do seu povo. Por isso, é preciso lutar contra a submissão aos EUA, ao capital financeiro e às corporações transnacionais que só querem se apropriar de nossas riquezas.

Um Brasil soberano defende suas empresas estratégicas, como a Petrobras e a Eletrobras, defende os empregos e investimentos na ciência e tecnologia, educação, saúde, saneamento básico, infraestrutura, moradia, reforma agrária e agricultura familiar, garantindo produção de alimentos saudáveis para o povo. Soberania é o poder de decidir nosso futuro, livre da ingerência de qualquer outro país.

A democracia vai além do voto, significa o povo participar das decisões políticas e combater a influência do poder econômico nos rumos do país. Lutamos por uma democracia de fato, participativa e popular, construída nas bases, nos conselhos, nos sindicatos e nos movimentos populares, nas mobilizações de ruas. Para combater as desigualdades, defendemos a taxação das grandes fortunas, dos lucros e dividendos dos super-ricos e isenção de imposto para quem ganha menos.

É preciso inverter a lógica de um Estado que serve aos banqueiros e os bilionários, para construir um que combata os privilégios e invista massivamente nas políticas de bem-estar da população. Os direitos, por sua vez, não são concessões, mas conquistas históricas arrancadas com muita luta, suor e sangue. Cada direito trabalhista, previdenciário ou social está sob ataque constante das reformas neoliberais, que visam aumentar o lucro das elites à custa da precarização.

A maioria do Congresso Nacional legisla de costas para o povo e em favor dos interesses dos super-ricos. Defender a soberania, democracia e direitos é um ato de resistência. Portanto, a construção de um Brasil justo, democrático e soberano é uma tarefa central das classes trabalhadoras. A soberania nos dá as ferramentas para planejar nossa economia e decidir nosso caminho a ser seguido enquanto nação. Nossas riquezas devem servir para melhorar as condições de vida do povo.

Por isso, neste 7 de Setembro, realizaremos um dia nacional de mobilização para dizer que quem manda no Brasil é o povo brasileiro. ‎

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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