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      Cuba rejeita posições isolacionistas na Cúpula Ibero-Americana

      Delegação cubana condenou o bloqueio e polemizou com a posição hostil do governo de Milei

      Rodolfo Benítez, diplomata cubano (Foto: Prensa Latina )

      Prensa Latina - A delegação cubana Cuba rejeitou as posições isolacionistas promovidas na XXIX Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo que terminou na sexta-feira (15) no Equador, fórum onde reiterou a exigência de acabar com o bloqueio imposto pelos Estados Unidos.

      O diretor-geral de Assuntos Multilaterais e Direito Internacional do Ministério das Relações Exteriores de Cuba e chefe da delegação cubana, Rodolfo Benítez, destacou na reunião de alto nível na cidade de Cuenca, Equador, que Washington está determinado a sufocar o povo cubano e para conseguir isso aplica práticas de guerra não convencionais.

      “O povo de Cuba merece viver em paz, sem bloqueio”, sublinhou o diplomata, que também condenou “a classificação caluniosa e unilateral” como suposto país patrocinador do terrorismo.

      Afirmou que esta acusação tem servido de pretexto para intensificar o cerco e os efeitos extraterritoriais do bloqueio, “que prejudicam também os cidadãos e as empresas das nações aqui representadas”.

      Da mesma forma, agradeceu à maioria dos membros da comunidade ibero-americana pela sua posição de rejeição ao bloqueio económico, comercial e financeiro, apesar das diferenças políticas que os governos possam ter.

      O diplomata cubano alertou que a Conferência Ibero-Americana não pode ficar refém das posições isolacionistas daqueles que procuram reverter o consenso sobre posições alcançadas há mais de três décadas.

      “A relevância futura e a própria existência deste fórum ficam em risco se não agirmos de forma unida, como fizemos em Cuenca em relação à posição da Argentina, e exijo que o patrimônio histórico que construímos juntos para superar as nossas diferenças seja respeitado”, enfatizou.

      Em resposta às declarações de Eduardo Acevedo, embaixador da Argentina, Benítez disse que aquele país foi a Cuenca para fazer fracassar a Cúpula.

      A nação do sul foi a única dos 19 participantes que se recusou a assinar uma declaração conjunta que incluía, entre outras questões, a condenação das medidas coercitivas unilaterais e do bloqueio dos EUA contra Cuba.

      A este respeito, o representante cubano afirmou que “a Argentina pode considerar cumprida a ordem de ataque contra Cuba, emitida por Washington, mas deverá regressar com a desgraça de ter sido deixada absolutamente sozinha e ignorada neste foro”.

      No entanto, Benítez apoiou a reivindicação histórica da Argentina de soberania sobre as Ilhas Malvinas, porque “a amizade do povo argentino e cubano supera qualquer ideologia política e os caprichos de qualquer governo no poder”.

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