Cuba condena anúncio dos EUA sobre base naval de Guantanamo

Prensa Latina - O presidente Miguel Díaz-Canel qualificou nesta quarta-feira (29) como um ato de brutalidade o anúncio dos Estados Unidos de colocar migrantes deportados na base naval de Guantanamo, território cubano ocupado ilegalmente.

“Num ato de brutalidade, o novo governo dos EUA anuncia a prisão na Base Naval de Guantanamo, localizada em território cubano ocupado ilegalmente, de milhares de migrantes que expulsa à força, os quais colocará ao lado dos conhecidos torturadores e detenções ilegais prisões", criticou o presidente na rede social X.

O ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, também condenou a decisão da administração norte-americana e destacou que enviar migrantes para o enclave onde a nação do norte criou centros de tortura e detenção por tempo indeterminado demonstra desprezo pela condição humana e pelo Direito Internacional.

Ressaltou que a base naval está localizada em território cubano, ocupado ilegalmente, fora da jurisdição dos tribunais dos Estados Unidos.

A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, revelou nesta quarta-feira os planos do governo para colocar em Guantanamo migrantes deportados e rejeitados pelos seus países de origem.

Durante uma entrevista à Fox News, o presidente disse que a administração de Donald Trump está “avaliando e debatendo isso agora” antes de determinar “como podemos usar todos os nossos recursos para manter os Estados Unidos seguros”.

Sob o mandato do ex-presidente George W. Bush (2001-2009), foi aberta em 2002 uma prisão no enclave para deter acusados ​​de terrorismo, alvo de denúncias por violação de direitos humanos.