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Sara York

Sara Wagner York ou Sara Wagner Pimenta Gonçalves Júnior é bacharel em Jornalismo, licenciada em Letras Inglês, Pedagogia e Letras vernáculas. Especialista em educação, gênero e sexualidade, primeiro trabalho acadêmico sobre as cotas trans realizado no mestrado e doutoranda em Educação (UERJ) com bolsa CAPES, além de pai, avó. Reconhecida como a primeira trans a ancorar no jornalismo brasileiro pela TVBrasil247.

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Brasil avança na inteligência artificial: desafios, oportunidades e estratégias para um futuro tecnológico sustentável

O Brasil está trilhando o caminho para consolidar sua presença no cenário global de inovação tecnológica, especialmente no campo da inteligência artificial (IA)

Ilustração de Inteligência Artificial (IA) 14/12/2023 REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração/Arquivo (Foto: Dado Ruvic)

O Brasil está trilhando o caminho para consolidar sua presença no cenário global de inovação tecnológica, especialmente no campo da inteligência artificial (IA). Apesar dos desafios existentes, o país reúne vantagens competitivas que podem impulsionar seu desenvolvimento nessa área, como uma matriz energética limpa, abundância de recursos hídricos e uma base empresarial apta a fornecer equipamentos locais para data centers.

Infraestrutura robusta e investimentos indispensáveis

Um dos principais entraves apontados é a insuficiência da infraestrutura computacional atual. Para promover o uso eficaz da IA, o Brasil necessita de investimentos substanciais em centros de processamento de alto desempenho, ampliação de data centers e redes de comunicação de alta velocidade. A instalação de supercomputadores dedicados e a criação de redes capazes de atender à crescente demanda por processamento são fundamentais para a realização de pesquisas avançadas, sobretudo nas áreas de ciência de dados e modelagem de inteligência artificial em larga escala.

Capacitação e formação de profissionais

Outro ponto crítico é a necessidade de ampliar a formação de profissionais em IA. Desde a educação básica até a pós-graduação, investir em capacitação é essencial para preparar uma força de trabalho qualificada, capaz não apenas de desenvolver, mas também de utilizar de forma crítica e eficaz as novas tecnologias. Além disso, a requalificação da mão de obra atual é uma estratégia vital para assegurar a soberania tecnológica do país.

Potencial da IA na saúde, agricultura e proteção ambiental

O uso da IA no Brasil tem potencial para transformar setores estratégicos. Na saúde, a tecnologia pode otimizar a gestão de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), melhorar diagnósticos e viabilizar a telemedicina em comunidades remotas. Na agricultura, pode apoiar pequenos produtores por meio de assistência técnica baseada em dados de solo e clima, reduzindo perdas e aumentando a produtividade.

No campo ambiental, a diversidade ecológica brasileira oferece oportunidades únicas para o monitoramento e a gestão sustentável dos recursos naturais, utilizando a IA para a preservação da biodiversidade e o enfrentamento das mudanças climáticas.

Desafios regulatórios e estratégicos

Para aproveitar plenamente essas oportunidades, é imprescindível o desenvolvimento de um arcabouço regulatório eficiente e de uma estratégia nacional de IA. Isso inclui a articulação entre diferentes setores, parcerias internacionais e estímulos à inovação. A liderança estatal é crucial para fomentar investimentos privados, criar ecossistemas inovadores e estabelecer políticas públicas que promovam a inclusão social e a redução das desigualdades.

Com a crescente adoção da inteligência artificial, observa-se uma expectativa de forte aumento na instalação de data centers no Brasil nos próximos anos, o que poderá gerar novas oportunidades econômicas. Contudo, esse avanço tecnológico exige uma abordagem responsável, que leve em conta os impactos ambientais. Nesse contexto, a deputada Duda Salabert destaca-se entre os colegas que continuam usando o parlamento apenas para o “velho close” nas mídias sociais. Ela ressalta a importância de regulamentar essa expansão por meio do Projeto de Lei 2080/2025, que propõe uma legislação específica para os data centers nacionais. A preocupação central é garantir que o desenvolvimento digital esteja alinhado a práticas sustentáveis e ao uso consciente dos recursos naturais, reforçando a ideia de que o progresso tecnológico deve respeitar os limites do planeta para assegurar um futuro mais equilibrado e responsável. Vale lembrar que, durante sua campanha, Duda Salabert foi a primeira a instituir a política de “lixo zero”. Alguém, de fato, parece estar atento ao mundo real!

Perspectivas futuras

Apesar dos desafios, o Brasil conta com uma base sólida formada por centros de pesquisa, universidades e startups altamente qualificadas. Para consolidar seu protagonismo, o país deve acelerar sua trajetória de inovação por meio de planejamento estratégico, investimentos em infraestrutura e formação de talentos. Dessa forma, poderá utilizar a IA não apenas como ferramenta de desenvolvimento econômico, mas também como aliada na construção de uma sociedade mais sustentável, equitativa e inteligente.

Este panorama reforça a necessidade de um compromisso efetivo com a inovação e a sustentabilidade para que o Brasil possa aproveitar plenamente as oportunidades abertas pela inteligência artificial.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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