Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de anúncio dos projetos habilitados pelo Novo PAC Seleções 2025 - Urbanização de Favelas, no âmbito do Programa Periferia Viva - Jardim Rochdale, Osasco - SP - 25/07/2025

Soberania com Lula ou capitulação

O que está em jogo não é um governo, mas a continuidade da autonomia do Brasil, construída ao longo de gerações

O Brasil enfrenta hoje um dos momentos mais graves de sua história recente. Uma potência estrangeira tenta impor sua vontade para anular a soberania da Justiça brasileira e, por consequência, inviabilizar o próprio sistema democrático. Trata-se de uma agressão que não se limita a sanções, mas que atinge o cerne da independência nacional. E o faz com a cumplicidade direta do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho Eduardo, que, ao lado de Donald Trump e da extrema-direita norte-americana, atuam para subjugar o país aos seus interesses.

Não é coincidência que esse conluio tenha resultado na aplicação de sanções contra Alexandre de Moraes, relator dos processos sobre a tentativa de golpe de Estado e os planos para assassinato de autoridades em 2022, bem como contra outros ministros do Supremo Tribunal Federal. Não satisfeitos em agredir a Justiça brasileira, arrancaram dos Estados Unidos a imposição criminosa de sanções de 50% contra todas as exportações brasileiras. Querem sacrificar a população, as empresas e a economia nacional apenas para escapar da lei.

Essa manobra não é senão a ressurreição, em nova fase, do frustrado golpe de dezembro de 2022. Agora, a tentativa de subverter a democracia se dá por meio da força econômica e diplomática, numa pressão externa jamais vista. Quem se render a esse ataque pagará caro, pois aceitar tal chantagem significaria capitular diante da destruição da soberania conquistada com séculos de luta.

Em contraste com esse cenário de traição e ameaça, destaca-se a figura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele e seu vice, Geraldo Alckmin, têm buscado negociação com uma Casa Branca que se mostra inacessível e refratária ao diálogo. Em busca de mediação, o Brasil, vale notar, de forma responsável, não respondeu na mesma moeda à infame cassação do visto de entrada nos EUA de ministros da Suprema Corte. Não retrucou no mesmo tom declarações intervencionistas inaceitáveis de Donald Trump e de seu secretário de Estado, Marco Rubio.

Tudo, porém, tem limites e hora adequados. Lula não capitulará no momento mais crucial para a reafirmação da independência nacional. Não entregará as cobiçadas terras raras, não descartará o Pix gratuito para todos, não abrirá mão de qualquer valor nacional nem, por óbvio, da mais total soberania das instituições. Não submeterá a ninguém sua associação ao BRICS ou a qualquer outro organismo.

Para que essa resistência seja vitoriosa, é indispensável que todos os setores da sociedade, acima de diferenças partidárias ou eleitorais, emprestem ao presidente o mais firme e decidido apoio. Quem não o fizer estará sendo observado pela consciência nacional à luz da história — e poderá pagar um preço pesado.

O que está em jogo não é um governo, mas a continuidade da autonomia do Brasil, construída ao longo de gerações com sacrifícios imensos e hoje afrontada por ultimatos ultrajantes.

Contra essa ofensiva, Lula precisa do respaldo amplo e incondicional da Nação. A escolha é clara e inadiável: soberania com Lula ou capitulação.

Redação Brasil 247 avatar
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